Plunderer é um dos novos animes da temporada de inverno de 2020. Baseado em um mangá, a história se passa no ano 305 do calendário Alcian, num mundo governado por ”Counts” (números).
A personagem principal, Hina, herda de sua mãe em seus últimos momentos de vida uma missão: buscar o lendário Barão Vermelho.
Em sua jornada, ela encontra um espadachim mascarado chamado Litch, que tenta ao máximo esconder sua identidade.
- Gênero: Action, Ecchi, Fantasia, Shounen
- Estúdio: GEEKTOYS
- Material: Mangá
- Episódios: 24
- Novos episódios: Quarta-feira
Olha, normalmente eu sou contido em minhas análises e costumo ser bastante imparcial, da uma conferida em qualquer um dos meus outros textos.
Mas, já que tive que assistir esse ”troço” a contra gosto, vou descontar todo meu descontentamento em forma de palavras.
Antes de tudo, quero deixar bem claro o teor dessa análise: EU ACHEI HORRÍVEL ESSE ANIME. Se você tem amor próprio, faça um favor a si mesmo e nem comece a assisti-lo, pode ficar só com meu texto.
E cara, se você gostou de Plunderer, ótimo para você.
Gostaria de poder me entreter com tão pouco assim. Coloca lá nos comentários o por que você gostou e seja feliz, adorarei ler.
Contudo, não venha desgostar o meu desgostamento. Essa é minha opinião, e inegavelmente ela é uma verdade apenas para mim. Cada um tem a sua verdade.
10 segundos de Plunderer
Esse foi o tempo que esse anime conseguiu ser interessante.
Meu Deus! Como algo consegue ser tão ruim com apenas 20 minutos de episódio?! Tenho que dar os parabéns, por que com certeza não foi fácil fazer isso. Tem que se esforçar bastante para sair algo assim.
Tudo, ABSOLUTAMENTE tudo que é abominável em um anime, está nesses 20 minutos iniciais.
Narrativa expositiva
A Hina já andou 44 FUCKING mil quilômetros pelo mundo e ela não sabe como caralhos o mundo funciona. Em qualquer outra história uma pessoa tão viajada assim seria extremamente sábia e inteligente.
Mas não, ela é uma batata. E alguém tem que explicar para ela (para gente) tim-tim por tim-tim as regras desse mundo. Puta recurso safado dos roteiristas.
O Ecchi
Ahhhhh o ecchi… sdds Fire Force. Meu amigo… Em Plunderer, nós temos uma metralhadora de ecchi. É um ecchi atrás do outro num ritmo tão frenético que se fosse convertido em luta seria um episódio de batalha bem movimentado do Dragon Ball.
Mal da tempo de respirar. Um negocio incômodo.
Sem contar que apareceram apenas duas personagens femininas, e as DUAS conseguiram ser sexualizadas em 20 minutos.
A protagonista, que usa uma mini-saia e seu número está próximo da sua virilha e todo mundo abre suas pernas para vê-lo. E a dona de um restaurante, que tem seu número no peito e parece uma vaca leiteira.
E adivinha onde fica o número dos únicos dois homens que aparecem?!
Na mão e no rosto ¬¬’. Nem vou sugerir onde deveriam estar.
Sinceramente, dentro dos gêneros da obra temos o ecchi presente, sendo assim seria injusto apenas reclamar dele. O problema é que aqui passou dos limites.
As obras que usam o ecchi para sensualizar as cenas não precisam chegar nesse nível “hentai escrachado” que Plunderer chegou. É só olhar para a Série Monogatari para entender o que estou querendo dizer, mas enfim.
Vilão só fazendo vilanices
Como pode ser tão cafona assim um vilão? Nossa!
Sério mesmo que um oficial do exército é malvadão só pelo seu status superior, e ele gosta de fazer malvadezas sem escrúpulos só “porque sim”?
Really que tem alguém ganhando dinheiro para escrever esse tipo de coisa?! Sério mesmo que ele vai fazer um monólogo e explicar todo o plano dele e ridicularizar a protagonista?
Além disso, você pode até argumentar que ele não é o vilão “vilão”. Mas neste primeiro episódio, ele foi.
Os números em Plunderer
Como disse antes, a premissa de Plunderer gira em torno dos números. Cada cidadão tem um número estampado em alguma parte do corpo.
Para o indivíduo aumentar ou perder a quantidade desse número ele precisa fazer algo.
Por exemplo, a personagem principal precisa andar 100 quilômetros para ganhar um número em sua contagem. Nesse sentido, para ficar claro, ela tem o número 759 se ela andar 100 quilômetros o número vai mudar para 760. Se esse número chegar a zero a pessoa é levada para o “Abismo”.
O barão vermelho tem um numeração peculiar. Ele é o único que possui uma numeração negativa. Assim sendo, convido você a imaginar o porque o número do Litch é -999…
Pasmem! Sua numeração negativa representa a quantidade de vezes que ele levou o fora de uma mulher.
Na verdade, pensando agora, seria até uma boa visto que ele tem atitudes e uma personalidade deplorável. De fato, seria mais do que aceitável ele ter essa numeração negativa dado os poucos minutos de tela dele.
Mas agora é serio! Vocês acharam isso engraçado ou bom?
Aproveitando esse gancho do fora, porque CARALHOS a Hina ficou chorando por ele?
MANO, ele assediou ela durante uns 10 minutos. Tentou abrir as pernas dela e correu atrás dela falando um monte de besteira. Ai só porque ele saiu no soco com o vilãozinho lá, o Litch se tornou o herói dela e ela morre de amor por ele?!
Com toda a certeza, o autor dessa bagaça deve ser um virjão que vive em uma caverna, e não tem a mínima noção de como são os sentimentos de uma mulher. Ou até mesmo o que é uma mulher!
Isso é machismo elevado à décima potência!
Nem tudo é o que parece
Na verdade, é pior do que parece. De longe parece ruim. De perto, parece que tá longe.
Tá, não vou ser injusto com a história de Plunderer. Se você olhar com bastante carinho, mas bastante carinho meeeeeesmo, é provável que você consiga perceber que a premissa tem algo possivelmente interessante.
Mas para isso, você precisa ter a mesma visão de uma mãe quando olha para um desenho do seu filho. Vou dar um exemplo:
Se uma mãe olhar para esse desenho e se ela tiver muito carinho com o seu filho, ela vai dizer: ”Nossa filho! Que bonito! Se você se esforçar só mais um pouquinho, vai ficar igualzinha a animação de Demon slayer”.
Para ficar claro, essa é uma analogia com a premissa da história, e não com a qualidade da animação em si. A qualidade da animação até que é ”ok”.
O mistério de Plunderer
A única coisa que parecia que iria ser um mistério é usado de maneira tão banal e despretensiosa que dá é raiva de ver.
Não é porque o bagulho é um desenho que a trama tem que ser ”DESENHADA”, narrativamente falando. Não precisa vir uma mãozinha mágica e tirar (literalmente) os números de um e ir lá (literalmente) e colocar no outro.
Em outras palavras, ficaria muito mais interessante se fosse algo que simplesmente muda o número, porque sim. Seria um ótimo uso da suspensão.
Se essas mãos aparecessem de forma mais esporádicas, em momentos chaves da animação por exemplo, seria um recurso narrativo muito mais interessante. E com certeza elas teriam um peso muito maior quando elas surgissem.
Para mim, Plunderer tendo tentou copiar descarada e mal feita a mãozinha do mal de Re:Zero, não conseguindo ser 0,00000000009% do que a mesma foi no anime do Subaru.
Fechando o pacote em Plunderer
Do total de 60 minutos de anime (três episódios), talvez dê para aproveitar três minutos de alguma coisa. A primeira batalha (e olhe lá) teve alguns lampejos de algo legal.
Porém, o terceiro episódio parece um filler e não agrega em nada na narrativa. Assim é difícil dar uma chance para essa obra quando a mesma não tenta te convencer de seu potencial
Na verdade, o episódio três serviu apenas para trazer a tona o quanto o autor dessa obra é machista.
Acredito que esse episódio definitivamente é um divisor de águas. Ou você irá dropar, ou continuar assistindo e se divertir. Porém, seja como for, para mim já deu.
Machismo, sexismo e a porra toda
Mas agora é sério!
Por favor, não seja um Otaku medíocre! Não aceite esse tipo de absurdo a favor do ”entretenimento”, como algo “normal”.
Não use o argumento do tipo ”os japoneses gostam”, uma vez que ao usar essa fala você está levando em consideração praticamente apenas a parcela masculina dos japoneses. Ou você acha que as mulheres gostam de serem tratadas assim?
E se você conhece o mínimo sobre a cultura do Japão, você deve saber que eles têm sérios problemas relacionado ao machismo, objetificação da mulher, cultura do estupro, pedofilia, etc. Sendo assim, não tenha isso como parâmetro de argumentação.
Olha um exemplo em Plunderer:
É exatamente a mesma situação, mas por que duas medidas para o mesmo peso? Fora a cena que eles foram colocar o número de volta na Hina. Foi quase um estupro. Enquanto no vilãozinho homem nenhuma mãozinha ousou encostar.
Se você gosta de obras ecchi ou até mesmo hentai, sem problemas. De verdade. Ambos são gêneros, afinal.
Porém, a minha critica aqui é usar esse recurso narrativo em uma história SHOUNEN, e ainda de maneira que não agrega em nada a trama principal. Em suma, Plunderer só perpétua algo que já era para ter sido abolido a muito tempo de nossa sociedade.
Galera reclama da novela da Globo, mas passa pano para esse tipo de desenho.
Não dá!
Sendo assim, por favor, vamos usar o senso critico! A sociedade agradece!
Na dúvida do que assistir nessa temporada? Dá um pulo no nosso eletrizante GUIA DA TEMPORADA!
GUIA DA TEMPORADA